Com foco na criação de um parque linear ao longo das margens do arroio e em melhorias no sistema de esgotamento sanitário e drenagem urbana, o programa busca integrar a preservação ambiental ao desenvolvimento socioeconômico, promovendo uma cidade mais saudável e próspera para todos. Batizado de Rede Verde-Azul, o conjunto de propostas abrange a preservação e criação de novas áreas verdes, associadas a melhorias urbanísticas e soluções de drenagem, como a instalação de biovaletas e jardins drenantes. Também estão previstas intervenções voltadas à mobilidade, com melhorias para pedestres e ciclistas, além da ampliação da infraestrutura viária.
“O conceito da ‘Rede Verde-Azul’ se refere à integração das áreas verdes e os cursos d’água da região, como o Arroio e seus tributários, visando aumentar a permeabilidade do solo, o aumento da arborização urbana, e a retenção de água da chuva. Essas intervenções ajudam a transformar o perímetro da Operação em uma área mais verde e sustentável, permitindo, por exemplo, o adensamento populacional e a mistura de atividades. Além disso, o processo de licenciamento de novas edificações será facilitado, já que os estudos realizados validam o adensamento previsto, agilizando a aprovação de projetos”, explica Marlon Longo, Arquiteto e Urbanista do Consórcio Regeneração Urbana Dilúvio.
As melhorias propostas para saneamento e drenagem urbana visam otimizar a capacidade de escoamento das águas pluviais nas Estações de Bombeamento de Água Pluvial (EBAPs) e nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) existentes.
Um passo crucial no processo de despoluição do Arroio Dilúvio é a implantação de coletores de esgoto em tempo seco, que impede o despejo de esgoto diretamente na rede de drenagem urbana. Além disso, o projeto prevê a instalação de novas Ecobarreiras ao longo da Avenida Ipiranga e em seus afluentes, bem como a criação e adequação de novas Casas de Bombas de Tempo Seco (CBTS).
Essas ações são complementadas pela proposição de soluções para o controle de enchentes, como a execução de intervenções previstas nos Planos Diretores de Drenagem Urbana dos arroios Moinhos e Dilúvio.
Além das intervenções físicas, a OUC planeja implementar mudanças nos parâmetros urbanísticos para novos empreendimentos, incentivando o desenvolvimento sustentável e inclusivo, com aumento da densidade populacional, expansão das atividades econômicas e simplificação do processo de licenciamento para novos projetos dentro da área de transformação. Essas medidas visam gerar receita para financiar as intervenções propostas e promover a requalificação ambiental e urbanística da região de interesse.
“A Operação Urbana combina duas ações principais: um programa de intervenções, que consiste em uma série de obras e projetos para o perímetro da operação, e a transformação dos lotes dentro dessa área, com mudanças nas regras de construção e ocupação. Essas duas ações são pensadas de forma conjunta, já que as intervenções dão suporte à transformação dos lotes”, ressalva Marlon.
A revitalização dessa importante área da capital tem como objetivo a despoluição do Arroio Dilúvio e a criação de um espaço mais inclusivo, acessível e ambientalmente equilibrado para proporcionar uma melhor qualidade de vida para seus habitantes.
Ainda neste ano, serão realizados eventos públicos para apresentar e discutir com a população os projetos preliminares de despoluição do Dilúvio e melhorias urbanísticas na Avenida Ipiranga.
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